Domingo... Chuva!

Hoje recebi um inusitado telefonema de uma pessoa por quem tenho carinho... E em meio a tantos assuntos debatidos, discutidos e lamentados, falamos sobre pessoas, comportamento e... amor! Sim, o amor não dado, o não correspondido, o não revelado ou mesmo o amor ilusório.
Conheço pessoas que acham que amam, que pensam que se apaixonam. Pessoas que, sabe-se lá por quê, não amam de verdade, mas acreditam tão piamente que sim, que fazem crer este sentimento ilusório.
Essas pessoas te cativam, são amáveis, disponíveis, amigas. Até que se tornam algo a mais.
Enquanto ela mesma acreditar que está emocionalmente envolvida, ela é o par perfeito.
Mas, de repente, a ilusão cai. E a pessoa se vai.
E a gente fica sem chão.
A primeira reação é pensar: "o que eu fiz de errado?"
Mas tu não fizeste nada de errado. Nem a pessoa.
Ela apenas acreditou que podia rodar o mundo ao teu lado. Mas o que não é real, não dura e acaba de repente. Não chega nem à esquina. O que seria um cruzeiro por lugares paradisíacos acaba ali, na agência de viagens.

Não tem nada pior do que planos que não se concretizam. É preciso estar muito "desapegado" para não cair, não desmoronar. Temos que manter uma visão limpa, clara. Saber quem somos e o que queremos para nós.
E não fazer do rompimento o maior acontecimento da relação. E sim, a relação em si. Ilusório ou não, o amor aconteceu. E uma amizade surgiu. Não ter raiva ou ressentimento. Reconhecer que não foi por mal já é uma grande ajuda que damos a nós mesmos.

Sofrimento? Pra ambas as partes. Cada um a seu tempo e na sua medida.

(E aqui eu vou brindar à filosofia que escolhi pra mim, que diminui cada dia mais a possibilidade de sofrimento.)